Uma decisão recente tomada pela entidade reguladora internacional da natação gerou ampla atenção no mundo do desporto. William Thomas, atleta que competiu anteriormente sob o nome Lia Thomas após sua transição de género, foi considerado inelegível para participar em competições desportivas femininas. De forma surpreendente, a decisão inclui também a impossibilidade de competir nas provas masculinas organizadas por essa mesma federação.
A World Aquatics (anteriormente conhecida como FINA), responsável por supervisionar as competições internacionais de natação, anunciou que Thomas não se enquadra nos critérios estabelecidos pelas novas diretrizes de participação, tanto na categoria feminina como na masculina. A medida tem como base preocupações relacionadas com a equidade desportiva e a integridade competitiva.
A situação de Thomas ganhou destaque internacional após a sua vitória numa competição universitária nos Estados Unidos, tornando-se a primeira atleta trans a conquistar um título nacional da NCAA. O caso despertou diversos debates sobre inclusão, justiça e os critérios de elegibilidade em contextos competitivos de alto rendimento.
Enquanto alguns defendem que é necessário criar diretrizes mais inclusivas que permitam a participação de todos os atletas de forma justa, outros apontam que a separação por sexo biológico deve ser mantida para garantir condições equilibradas de competição.
A decisão da World Aquatics reflete uma tentativa de encontrar um equilíbrio entre a inclusão e a equidade. No entanto, também levanta a discussão sobre a criação de novas categorias ou formatos de competição que contemplem a diversidade de género no desporto moderno.
Até ao momento, William Thomas ainda não comentou publicamente a decisão. O tema continua a ser debatido entre atletas, especialistas e organizações desportivas em todo o mundo, sinalizando que o desporto está num momento de reflexão e possível transformação.