Em mais um capítulo polêmico no debate sobre inclusão e igualdade nos esportes, a comentarista conservadora Candace Owens fez uma declaração bombástica nesta terça-feira, exigindo publicamente a remoção da nadadora transgênero Lia Thomas das competições femininas. Segundo Owens, a participação de Thomas em categorias femininas representa uma “injustiça gritante” contra atletas do sexo biológico feminino e ameaça os princípios de equidade conquistados ao longo de décadas de luta.
A declaração, feita durante um podcast de grande audiência, rapidamente viralizou nas redes sociais, provocando reações intensas tanto de apoiadores quanto de críticos. Owens afirmou que permitir que atletas trans compitam em categorias femininas é “uma traição aos direitos das mulheres” e pediu que federações esportivas adotem regras mais rígidas para manter o que ela chama de “integridade competitiva”.
Lia Thomas, que ganhou destaque ao se tornar a primeira nadadora transgênero a conquistar um título nacional da NCAA nos Estados Unidos, tem sido alvo constante de controvérsias desde sua ascensão. Seus defensores argumentam que sua participação é protegida por políticas inclusivas e pelos direitos civis, enquanto opositores alegam que sua vantagem física é desleal, mesmo após o cumprimento dos requisitos hormonais exigidos pelas entidades esportivas.
A fala de Owens reacende uma discussão global sobre os limites entre inclusão e justiça competitiva. Grupos feministas estão divididos: alguns concordam com o apelo de Owens, enquanto outros a acusam de instrumentalizar a pauta das mulheres para promover discursos excludentes.
Até o momento, nem Lia Thomas nem seus representantes se pronunciaram sobre a declaração. As organizações esportivas responsáveis pelas regulamentações permanecem firmes em suas políticas atuais, mas o impacto da pressão pública e política pode forçar futuras revisões.
O debate segue acalorado – e promete continuar dividindo opiniões por muito tempo. Afinal, qual é o verdadeiro caminho para garantir justiça no esporte feminino?
