A escritora britânica J.K. Rowling voltou a ser o centro de uma intensa controvérsia nas redes sociais e na mídia internacional após declarar que atletas transgêneros competindo em categorias femininas seriam “trapaceiros”. Seus comentários foram direcionados especificamente à atleta paralímpica Valentina Petrillo, da Itália, e à pugilista argelina Fatima-Zohra Khelif, que recentemente competiram em eventos esportivos femininos de destaque.
Rowling, conhecida mundialmente pela série “Harry Potter”, tem se posicionado de forma crítica em relação à inclusão de mulheres trans em esportes femininos, alegando que isso compromete a equidade e prejudica as atletas cisgênero. Em sua publicação mais recente, ela afirmou que permitir que pessoas trans compitam em categorias femininas é “um insulto à integridade do esporte” e classificou a prática como “trapaça institucionalizada”.
As reações foram imediatas. Grupos de defesa dos direitos LGBTQIA+ condenaram as declarações, acusando a autora de transfobia e de alimentar o discurso de ódio contra pessoas trans. Ativistas afirmam que seus comentários ignoram os desafios enfrentados por atletas trans e a complexidade dos processos de regulação esportiva, que incluem exames hormonais e critérios rigorosos definidos por entidades internacionais.
Por outro lado, Rowling também recebeu apoio de atletas, comentaristas e defensores dos esportes femininos que compartilham de sua preocupação com a equidade competitiva. Eles argumentam que a inclusão irrestrita de atletas trans pode desfavorecer mulheres cisgênero, especialmente em modalidades onde a força física e a biologia desempenham papel decisivo.
Valentina Petrillo, que é legalmente reconhecida como mulher e compete em categorias femininas desde 2020, respondeu às críticas com serenidade: “Estou competindo de acordo com as regras. Não estou trapaceando. Quero apenas fazer parte do esporte que amo.”
A polêmica reacende um debate global cada vez mais presente no esporte contemporâneo: como equilibrar inclusão e justiça? Enquanto isso, J.K. Rowling continua firme em suas convicções, mesmo diante das críticas, afirmando que “defender o direito das mulheres ao seu próprio espaço não é ódio – é feminismo”.
