Um protesto polêmico marcou uma recente competição de natação feminina, quando várias nadadoras se manifestaram contra a participação de uma atleta transgênero no evento. A frase “ISTO NÃO É JUSTO!” foi vista em cartazes e ouvida nos gritos das atletas e apoiadores, refletindo o descontentamento de parte da comunidade esportiva em relação ao que consideram uma competição desigual.
O caso ocorreu durante uma etapa regional do campeonato nacional de natação, onde a presença de uma nadadora trans — que passou por transição de gênero de masculino para feminino — gerou controvérsia. Algumas competidoras afirmam que a atleta possui vantagens físicas por ter passado pela puberdade masculina, mesmo após cumprir os requisitos hormonais exigidos pelas federações esportivas.
“Treinamos duro por anos, mas agora sentimos que estamos competindo em desvantagem. Não é uma questão de preconceito, mas de justiça esportiva”, disse uma das nadadoras que participou do protesto, preferindo não se identificar.

A organização do evento afirmou que a participação da atleta trans está de acordo com as regras estabelecidas pela federação nacional e pelas diretrizes internacionais do Comitê Olímpico Internacional (COI), que permitem a presença de atletas trans em competições femininas, desde que sejam cumpridos determinados critérios hormonais, como níveis de testosterona controlados por pelo menos 12 meses.
Por outro lado, grupos defensores dos direitos LGBTQIA+ condenaram o protesto, alegando que ele contribui para a marginalização de pessoas trans no esporte. “A inclusão é fundamental. A atleta cumpriu todas as exigências legais e médicas. É importante garantir um ambiente esportivo respeitoso e seguro para todos”, afirmou Carla Menezes, representante de uma ONG voltada à inclusão no esporte.
O debate levanta questões complexas sobre inclusão, biologia, identidade de gênero e justiça esportiva, e está longe de um consenso. Enquanto algumas federações discutem mudanças nas regras para preservar a equidade, outras defendem a manutenção das normas atuais como forma de promover inclusão.
O episódio reacende um tema global que vem desafiando o mundo esportivo: como equilibrar o direito à identidade de gênero com a necessidade de garantir igualdade de condições para todos os competidores