O mundo do boxe foi abalado por um escândalo sem precedentes esta semana. Imane Khelif, pugilista argelina que se destacou nos últimos anos por suas vitórias impressionantes, acaba de perder todas as suas medalhas e uma fortuna estimada em 25 milhões de dólares após uma decisão histórica da Organização Mundial de Boxe (WBO).

A decisão, anunciada na noite desta sexta-feira, veio após uma investigação minuciosa que revelou irregularidades na documentação de Khelif. Segundo a WBO, exames e relatórios confidenciais apontaram que a atleta não atendia aos critérios exigidos para competir na categoria feminina. O caso, mantido sob sigilo por meses, ganhou força após denúncias internas que chegaram à entidade máxima do boxe.

Imane Khelif, que se tornou ídolo em seu país e referência para jovens boxeadoras, viu sua carreira ruir em questão de horas. Todos os títulos conquistados em campeonatos regionais e mundiais foram oficialmente anulados. Além disso, contratos de patrocínio e prêmios acumulados ao longo da trajetória também foram congelados. A pugilista, que até então mantinha uma postura de silêncio sobre as acusações, divulgou uma breve nota afirmando que recorrerá da decisão e que é vítima de perseguição política e preconceito.

Especialistas apontam que o caso pode desencadear uma nova onda de revisões em outras categorias esportivas, reabrindo o debate sobre critérios de elegibilidade, identidade de gênero e regulamentos de federações internacionais. Organizações de defesa dos direitos LGBTQIA+ classificaram a decisão como discriminatória e afirmaram que acompanharão de perto os desdobramentos, prometendo apoio jurídico à atleta.
Enquanto isso, a repercussão nas redes sociais foi imediata. Fãs divididos manifestaram indignação ou apoio à medida da WBO, expondo uma polarização que reflete discussões cada vez mais acaloradas sobre inclusão e justiça no esporte profissional.
Para a WBO, a prioridade é restaurar a confiança no boxe feminino e garantir igualdade de condições para todas as competidoras. Já para Imane Khelif, a batalha parece estar longe de acabar. Com a reputação manchada e sem suas medalhas, ela promete lutar fora dos ringues para provar sua inocência e, quem sabe, reaver o direito de defender seu legado no boxe mundial.