Um dos maiores escândalos da história recente do boxe veio à tona nesta semana, quando a lutadora argelina Imane Khelif foi banida permanentemente do esporte profissional após investigações concluírem que ela é, biologicamente, do sexo masculino. A decisão chocante foi confirmada pela Organização Mundial de Boxe (WBO), que reconheceu oficialmente Khelif como homem — invalidando imediatamente todos os seus títulos, medalhas e premiações financeiras conquistadas nos últimos anos.

Khelif, que competia em torneios femininos e chegou a conquistar diversos prêmios internacionais, estava sendo investigada silenciosamente desde o início de 2024, quando exames hormonais e denúncias de bastidores levantaram suspeitas sobre sua elegibilidade. A gota d’água veio após o Campeonato Mundial Feminino, onde sua performance física descomunal gerou questionamentos públicos de outras atletas e treinadores.
Após meses de exames médicos e análise de documentação, a WBO anunciou que Khelif não atende aos critérios biológicos exigidos para competir nas categorias femininas, determinando não só sua expulsão definitiva do circuito, mas também a revogação retroativa de todas as suas vitórias.
Com a decisão, Khelif perde uma fortuna estimada em mais de 25 milhões de dólares em prêmios acumulados e contratos de patrocínio. Além disso, todos os pódios onde esteve presente serão reavaliados e os títulos redistribuídos para as atletas que, até então, ficaram em posições inferiores.
A notícia dividiu a comunidade esportiva internacional. Enquanto muitos aplaudem a decisão como uma vitória pela justiça e integridade no esporte feminino, outros apontam falhas nos regulamentos e nas entidades responsáveis por verificar a elegibilidade dos atletas antes das competições.
Imane Khelif ainda não fez declarações oficiais após o anúncio, mas seus advogados afirmaram que pretendem recorrer da decisão nos tribunais esportivos internacionais.
O caso levanta debates profundos sobre identidade de gênero, critérios biológicos e os limites entre inclusão e equidade no esporte de alto rendimento.