Num pronunciamento explosivo que rapidamente incendiou a internet, Elon Musk, o controverso bilionário fundador da Tesla e SpaceX, fez duras críticas à chamada “cultura woke” e exigiu publicamente a retirada da medalha de ouro da atleta transgénero Katie Spencer. A declaração foi feita numa entrevista transmitida em direto num podcast político, onde Musk acusou a inclusão de atletas trans em competições femininas de “distorcer os valores do desporto” e “colocar em risco a integridade da competição justa”.

Katie Spencer, que venceu recentemente uma prova nacional de atletismo nos Estados Unidos, tem sido alvo de controvérsia desde a sua vitória. Enquanto alguns defendem o direito de Spencer competir de acordo com a sua identidade de género, outros — incluindo Musk — argumentam que a sua participação compromete o princípio da igualdade de condições.
“Estamos a assistir à destruição sistemática do desporto americano em nome da inclusão mal interpretada”, declarou Musk. “Se continuarmos nesse caminho, não haverá mais justiça para atletas mulheres que treinaram a vida inteira.”
As palavras do magnata causaram uma tempestade nas redes sociais. Hashtags como #StandWithKatie e #SaveWomensSports tornaram-se trending topics no X (antigo Twitter), dividindo a opinião pública. Figuras públicas, atletas olímpicos, políticos e ativistas se manifestaram, uns defendendo a atleta, outros apoiando Musk.
Em resposta, a Federação Nacional de Atletismo dos EUA divulgou uma nota reafirmando seu compromisso com as diretrizes do Comitê Olímpico Internacional (COI), que permite a participação de atletas trans sob certas condições hormonais. Katie Spencer ainda não fez uma declaração oficial, mas fontes próximas a ela afirmam que está “profundamente abalada” com o nível de hostilidade.
Este episódio reacende o debate global sobre identidade de género no desporto e coloca em evidência a tensão crescente entre valores progressistas e conservadores na sociedade americana. Enquanto alguns veem Musk como um defensor da meritocracia, outros o acusam de alimentar discursos de ódio.
Independentemente do lado tomado, o episódio mostra que o desporto, que deveria unir, continua a ser palco de divisões cada vez mais profundas.