O mundo do boxe feminino foi abalado nesta semana por uma decisão sem precedentes. A pugilista argelina Imane Khelif, uma das maiores estrelas em ascensão da modalidade, foi banida permanentemente de todas as competições sancionadas pela World Boxing Organization (WBO). A decisão veio após uma investigação interna que confirmou a identidade biológica masculina da atleta.
Em comunicado oficial, a WBO afirmou que a revisão foi feita após questionamentos crescentes sobre a elegibilidade de Khelif para competir na divisão feminina. A organização declarou que, após análise médica e jurídica, ficou decidido que a atleta não atendia aos critérios de categoria de gênero da entidade, levando à sua desclassificação retroativa.
Com isso, Imane Khelif perde todas as medalhas, títulos e reconhecimentos conquistados ao longo da carreira profissional. Além disso, a atleta foi obrigada a devolver cerca de US$ 25 milhões, acumulados em prêmios, patrocínios e bônus relacionados às competições nas quais participou.
A decisão gerou reações explosivas nas redes sociais e em comunidades esportivas ao redor do mundo. Enquanto alguns aplaudem a WBO pela “proteção da integridade do boxe feminino”, outros acusam a entidade de transfobia e “ataque institucionalizado contra atletas transgênero”.
“Isso é uma vergonha. Estão apagando a carreira de uma atleta por preconceito disfarçado de política esportiva,” disse um representante de uma organização de direitos humanos em defesa de Khelif.
Do outro lado, atletas como a britânica Hannah Cooper, que perdeu uma final para Khelif em 2022, comemoraram: “Finalmente a justiça foi feita. Lutamos por anos por um esporte justo.”
Até o momento, Imane Khelif ainda não se pronunciou oficialmente, mas fontes próximas afirmam que sua equipe jurídica estuda um possível processo contra a WBO por discriminação e danos morais.
O caso reacende o debate global sobre identidade de gênero no esporte profissional, e especialistas preveem que novas regulamentações poderão surgir nas próximas semanas. O futuro da inclusão no esporte está, mais uma vez, no centro das atenções.
