Num desfecho considerado histórico para o desporto feminino, o tribunal responsável pelo caso de Lia Thomas decidiu, esta semana, impedir definitivamente a nadadora transgénero de competir nos Jogos Olímpicos. A decisão encerra uma longa e polémica batalha judicial que dividiu opiniões dentro e fora das piscinas.

Segundo a sentença, Lia Thomas foi considerada culpada de violar regulamentos desportivos e de praticar conduta considerada fraudulenta pelas entidades competentes. Como consequência, além de perder o direito de se qualificar para os Jogos Olímpicos, Thomas enfrentará a sanção mais pesada já aplicada a uma atleta na história do desporto feminino, sendo também banida de competições oficiais por tempo indeterminado.
A decisão foi celebrada por várias associações e atletas que defendem a proteção da categoria feminina no desporto, argumentando que a presença de atletas transgénero em provas femininas coloca em risco a equidade competitiva. Organizações de defesa dos direitos LGBTQ+, por outro lado, classificaram a decisão como discriminatória e prometeram recorrer a instâncias internacionais.
A polémica em torno de Lia Thomas, que já se arrastava há anos, reacendeu debates globais sobre inclusão, identidade de género e justiça no desporto de alto rendimento. Para muitos, este caso poderá definir precedentes importantes para futuras políticas olímpicas e regulamentos de federações desportivas em todo o mundo.